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Seria Possível Limitar o Aquecimento Global a 1,5 ºC?

09/04/2021

Seria Possível Limitar o Aquecimento Global a 1,5 ºC?

A caminhada para limitar o aquecimento global a 1,5 graus exigiria ação imediata em uma colaboração global sem precedentes. Representa um desafio monumental, mas também uma oportunidade de investimento de 50 trilhões de dólares.

A temperatura global já está 1,2 graus acima do período pré-industrial. O Acordo de Paris sugeria, como sua meta mais ambiciosa, um acréscimo de apenas 1,5 ºC até 2050, mas isso está próximo de se tornar impossível dentro das medidas projetadas na época. Ficam as dúvidas: como ainda possibilitar a meta de 1,5 ºC e zerar as emissões de gases de efeito estufa até 2050? Para responder a estas questões, a Wood Mackenzie elaborou o documento AET-1.5 (1.5 ºC Accelerated Energy Transition, ou Transição Energética Acelerada para 1,5 ºC).

 

Ninguém disse que seria fácil

Limitar a escalada das temperaturas globais a 1,5 ºC durante as próximas 3 décadas é uma missão extremamente difícil, mas ainda possível se as ações necessárias se iniciarem hoje e o mundo todo colaborar, especialmente os países responsáveis pelas maiores emissões, como China, Japão, Coréia do Sul, União Europeia e Estados Unidos que, juntos, respondem por mais de dois terços do produto interno bruto global e dois terços das emissões de carbono.

A Europa já anunciou um plano rápido e agressivo para cortar as emissões a 55% abaixo dos níveis registrados em 1990 até 2030 – um passo gigantesco em comparação com a meta anterior de 40%, mas necessário para que se chegue a emissões zero em 2050. Para atingir a meta global de 1,5 ºC, o resto do mundo precisa seguir na mesma linha.

 

Aproveitando as mudanças comportamentais resultantes da pandemia de COVID-19

Em ambos os cenários projetados de 2 e 1,5 ºC, as emissões de gás carbônico aumentarão muito pouco após o final da pandemia antes de começarem a cair drasticamente.

No cenário de 1,5 ºC, muitas das mudanças observadas nos padrões de viagens em 2020, como a redução do tráfego aéreo internacional e o aumento do trabalho remoto terão que se tornar permanentes. A queda nas emissões deverá ser de 1,8 bilhões de toneladas de CO2 anualmente, próxima ao declínio observado durante a pandemia devido à redução da atividade econômica no mundo. É um desafio enorme, mas que deverá ser superado para atingir a meta mais ambiciosa do Acordo de Paris.

Além disso, vale ressaltar que a queda das emissões deverá ocorrer em todos os setores e não apenas no de energia. O mundo precisará consumir de forma muito mais eficiente para descarbonizar as cidades e deverá haver mudanças nas formas de uso da terra que impactam negativamente o meio ambiente.

Tecnologias de baixo carbono, como a geração fotovoltaica, terão um papel fundamental em um cenário ambicioso. Igualmente importantes serão as mudanças no comportamento do consumidor.

 

Visão de um novo mundo voltado à redução de 1,5 ºC

No cenário AET-1.5, o mundo deve ser mais integrado e interconectado, altamente eficiente e produtivo. O uso de carbono e metano serão diferenciadores radicais nas estruturas de custos das indústrias. Indústrias com nível de emissão zero aparecerão em regiões costeiras e as empresas se estruturarão de forma a monetizar as emissões de carbono. Será estabelecida uma cultura circular na qual os recursos serão utilizados em sua totalidade.

Os processos industriais serão desenhados para serem altamente eficientes e as tecnologias de reciclagem garantirão que o ponto máximo da quantidade de plástico no planeta (Peak Plastics) ocorra na década de 2030, bem como promoverão uma redução na demanda por metal. Automação, digitalização e robótica permitirão que as empresas de tecnologia entrem nos mercados de energia e automóveis.

Ainda no cenário de 1,5 ºC, as inovações no segmento de baterias deverão ser escalonadas, especialmente em se tratando de baterias de estado sólido e de lítio-enxofre. O armazenamento de energia de longo prazo pode facilitar a penetração das energias renováveis.

Os veículos elétricos deverão constituir 95% de todos os carros de passeio vendidos em 2050, devendo a penetração deste mercado ocorrer de forma substancial em países emergentes a partir de 2025.

O preço do carbono deve aumentar e fomentar uma economia de emissões zero.

 

Um limite de 1,5 ºC representa uma oportunidade de 50 trilhões de dólares

O cenário de 1,5 ºC prevê uma expansão rápida da demanda por energia, devendo haver um investimento massivo em soluções de baixo carbono. O capex mínimo exigido é de 50 trilhões de dólares, parte do qual será usado para aumentar a capacidade energética, armazenamento e eletrolisadores, dentre outros, e o restante para cobrir a infraestrutura necessária. Na verdade, este capex calculado pode se tornar consideravelmente maior.

Em quaisquer dos cenários, o uso da energia solar deve ser intensificado. Façamos hoje nossa parte e promovamos mais e mais conscientização para espalhar a solar por todo o Brasil.

 

Fonte: Wood Mackenzie

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O mundo precisará consumir energia de forma muito mais eficiente para atingir as metas de descarbonização.

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As inovações no setor de armazenamento de energia deverão se intensificar.

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