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Riscos da Mudança Climática – Parte II: Calor e Umidade

04/01/2021

Riscos da Mudança Climática – Parte II: Calor e Umidade

Conforme o primeiro artigo desta série sobre mudança climática (se quiser, acesse aqui: https://inovacare.solar/o-setor-fotovoltaico/riscos-da-mudanca-climatica--parte-i-aumento-do-nivel-do-mar/76), quando o assunto é risco, passamos por duas etapas para tomar decisões: estimamos a probabilidade de algo ruim acontecer e medimos os custos e benefícios, tanto em termos humanos como monetários.

Sobre o aquecimento global, será que podemos nos dar ao luxo de ignorar os alertas dos cientistas? Para nos ajudar a equacionar nossas ações, brilhantes mentes do MIT (Massachusets Institute of Technology) levantaram fatos sobre o meio ambiente através de estudos científicos e projeções. O primeiro grande tema foi o aumento do nível do mar. O segundo, sobre calor e umidade, você confere logo a seguir.

 

Calor e Umidade

O aquecimento do planeta é uma preocupação real. Existe um índice para a medição do conforto humano chamado Índice Temperatura-Umidade (ITU - para quem gosta de matemática, apresentamos a fórmula para o cálculo deste índice ao final do artigo). Como a evaporação é um processo de resfriamento, a evaporação do suor é uma maneira natural de regular a temperatura do corpo. Quando o ar está muito úmido, contudo, a perda de calor por evaporação é reduzida. Por isso, um dia quente e úmido parecerá mais quente e desconfortável que um dia quente e seco. Valores de ITU acima de 25 indicam que a maior parte das pessoas se sentirá desconfortável, enquanto valores entre 15 e 20 são aceitos pela maioria como confortáveis.

Quando o ITU excede 35ºC, o corpo humano perde a capacidade de transmitir calor para o ar de forma rápida o suficiente para compensar a produção interna de calor, elevando a temperatura corporal a valores letais. Atualmente, este teto de ITU é raramente ultrapassado. No entanto, projeções indicam que tais níveis podem se tornar comuns em algumas regiões do mundo, como os países com litoral banhados pelo Golfo Pérsico, até o final do século.

A mortalidade causada por ondas de calor já é uma realidade. Em 2003, por exemplo, estima-se que a onda de calor europeia tenha sido responsável pelas mortes de ao menos 50.000 pessoas. Por outro lado, cairão as mortes por hipotermia, tornando ambíguos os dados referentes à mortalidade.

A figura ao final desta matéria apresenta uma estimativa do número de dias por verão, entre 2080 e 2099, em que a combinação de calor e umidade pode ser extremamente perigosa nos EUA dentro do cenário chamado RCP 8.5, que toma como pressuposto que não tomaremos medidas significativas para acabar com as emissões de gases de efeito estufa e que haverá um considerável crescimento econômico mundial.

O que fazer? Cada um deve se mobilizar hoje, pois só pode haver ganhos com a prevenção. Nossa aposta é a energia solar, que pode ser adotada por cidadãos comuns em larga escala. Deve haver pressão da população junto a governantes para que o uso de combustíveis fósseis seja abandonado cada vez mais, especialmente em transportes, construção e indústrias de base. Façamos a nossa parte e divulguemos a solar!

 

Fórmula para Cálculo do Índice de Temperatura-Umidade

ITU = T – 0,55 (1 – UR) (T – 14)
Em que:
T = temperatura do ar em graus celcius (ºC)
UR = umidade relativa do ar (%)

 

Fonte da fórmula e explicações sobre o ITU: https://fisica.ufpr.br/grimm/aposmeteo/cap3/cap3-4.html

Fonte: MIT Climate, Science, Risk & Solutions

Photo by Hans Reniers on Unsplash

Número de dias por verão com níveis extremamente perigosos de calor e humidade nos EUA entre 2080 e 2099.

Número de dias por verão com níveis extremamente perigosos de calor e humidade nos EUA entre 2080 e 2099.