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Energia Solar do Espaço para a Terra

28/01/2022

Energia Solar do Espaço para a Terra

Captar energia solar no espaço e transmiti-la à Terra é uma solução energética que tem sido estudada por diferentes frentes no mundo todo. Um teste bem-sucedido nessa direção acaba de ser realizado por cientistas do Pentágono, que projetaram um protótipo de painel solar do tamanho de uma caixa de pizza, com 30 cm x 30 cm.

O diferencial da tecnologia é que o painel consegue aproveitar ao máximo a luz no espaço, pois retém a energia das ondas azuis, que normalmente se difunde ao entrar naturalmente na atmosfera.

Conhecido como Módulo de Antena Fotovoltaica de Radiofrequência (PRAM, em inglês), o painel foi lançado pela primeira vez em maio de 2020, conectado ao drone não tripulado X-37B do Pentágono, que circula a Terra a cada 90 minutos.

Sabe-se que eletrônicos mais frios são mais eficientes e sua capacidade de gerar energia se degrada à medida que aquecem. A órbita baixa do X-37B significa que ele passa cerca da metade de cada ciclo de 90 minutos no escuro e, portanto, no frio. Mas, e se o painel estivesse mais longe? É por isso que o experimento usou aquecedores para tentar manter o PRAM em uma temperatura quente constante para testar o quão eficiente seria se estivesse circulando a 36.000 quilômetros da Terra. Os últimos testes mostram que, nessas condições, o painel é capaz de produzir cerca de 10 watts de potência para transmissão, o suficiente para alimentar um tablet. O próximo passo lógico é escalar o painel para uma área maior que coleta mais luz solar.

Os cientistas ainda terão que testar o envio de energia de volta para a Terra. O objetivo é futuramente contar com usinas capazes de emitir microondas, que se transformarão em eletricidade, para qualquer lugar do planeta a qualquer momento. Mas como evitar disparos acidentais em alvos errados? Os painéis saberão exatamente para onde enviar as microondas usando uma técnica chamada “controle de feixe retro-diretivo”, que envia um sinal piloto da antena-alvo na Terra para os painéis no espaço. Os raios de microondas só serão transmitidos após o recebimento do sinal piloto, ou seja, quando o receptor estiver posicionado e pronto.

Diante desse cenário de ficção que se torna realidade a cada dia, há quem tema que a tecnologia possa ser usada para criar um laser espacial gigante. Os cientistas afirmam que isso seria extremamente difícil, pois o tamanho da antena necessária para direcionar a energia para criar um feixe destrutivo seria tão grande que seria perceptível nos anos ou meses necessários para montá-la.

Um fator-chave que ainda deve ser comprovado é a viabilidade econômica e até cogita-se construir os equipamentos no espaço. Há ainda um longo caminho a percorrer até que essa tecnologia possa ser colocada em prática, mas sua contribuição pode fazer toda a diferença na luta pela preservação do planeta.

 

 

Fonte: ABSOLAR do Blog da Folha

Photo by Greg Rakozy on Unsplash