Em 2019, saímos em busca de um mascote que representasse nossa empresa e se comunicasse bem com nosso público-alvo, que é defensor do meio-ambiente. Foi uma alegria nos depararmos com esta ave recém-saída da lista brasileira de animais em extinção: a arara-azul. Quanto mais estudávamos sobre esta incrível espécie, mais nos identificávamos. Assim nasceu o Nat. Neste artigo, você aprenderá um pouco mais sobre a arara-azul e entenderá a nossa escolha.
A carismática arara-azul, de nome científico Anodorhynchus hyacinthinus, é uma espécie “bandeira”, ou “guarda-chuva”, que, para sobreviver, necessita da preservação de toda uma cadeia de outras espécies, além de grandes extensões de área em bom estado de conservação. Ela é, acima de tudo, uma das principais espécies-bandeira para a conservação da biodiversidade brasileira. Característica de regiões neotropicais, a arara-azul simboliza o próprio Brasil. Assim como ela, nossa sobrevivência também depende da preservação do meio-ambiente e vivemos sob a ameaça do aquecimento global. Uma empresa 100% brasileira, temos a missão de contribuir para que sejam atingidas as metas de redução na emissão de gases de efeito estufa. Como fazemos isso hoje? Disseminando a energia solar fotovoltaica em nosso País.
A espécie de arara que escolhemos é considerada a rainha das araras por sua inteligência, porte e cores. A maior de todas pesa cerca de 1,3 kg, chega a medir 1,20 m de envergadura e 1,0 m da cabeça à cauda. Sua cor predominante é o azul cobalto, que contrasta com o amarelo ouro do entorno dos olhos e da mandíbula inferior. As cores desta ave com certeza remetem ao belo céu brasileiro: a luminosidade solar revestida de azul.
Tratam-se de aves de vida longa e há relatos de araras que viveram mais de 50 anos. Apresentam um comportamento singular na natureza, onde vivem em família, grupo ou bando. A formação de casais, uma vez estabelecida, é pautada por grande fidelidade e só é alterada após a morte de um dos indivíduos. Pais atenciosos, dividem todas as tarefas de cuidados com a prole. Não abandonam ovos e aceitam a adoção de filhotes. Ao longo dos anos, foram registrados casos de juvenis incapacitados de voar que continuaram sendo protegidos e alimentados pelos pais por vários meses e até anos. Longevidade e um relacionamento compromissado e fiel com nossos clientes e toda a cadeia de geração fotovoltaica é o que precisamos para fazer frente à nossa missão ambiental.
As araras azuis são aves curiosas, carismáticas, com papel biológico de “engenheiras ambientais”, já que formam grandes cavidades para se reproduzirem e que são posteriormente ocupadas por outros exemplares da fauna, além de serem consideradas dispersoras de sementes, espalhando frutos longe da planta-mãe quando voam com frutos no bico. Nossas soluções para ajudar o meio ambiente nascem na engenharia. Nossa vocação técnica é marcada por critério e curiosidade, que nos permitem encontrar e espalhar pelo Brasil produtos robustos e confiáveis.
Atualmente não existem dados precisos sobre o tamanho e a distribuição original da população de araras-azuis, mas sabe-se que elas já habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses, em 1500. Levantamentos realizados no final da década de 80 registraram uma diminuição populacional estimada em 2.500 indivíduos, devido a três fatores principais: tráfico de animais silvestres, descaracterização do habitat e coleta de penas para confecção de cocares e colares indígenas, vendidos como souvenirs. A espécie foi registrada na Lista Vermelha da IUCN (International Union for Conservation of Nature) e no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Em 2008, uma nova estimativa contabilizou 6.500 indivíduos distribuídos em três populações principais: região Amazônica (o menor grupo), no Pará; região Central do Brasil (confluência dos estados de Goiás, Tocantins, Piauí, Maranhão e Bahia) e o maior grupo no Pantanal (Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, abrangendo parte do Pantanal Boliviano e Paraguaio). Recentemente, estudos com diferentes técnicas sobre a variabilidade genética revelaram quatro populações distintas: Pantanal Norte, Pantanal Sul, Pará e região Central do Brasil.
A questão ambiental é anterior à Inovacare SOLAR e muito maior que todos nós. Precisamos urgentemente espalhar pelo País a consciência de que, apesar de nossas capacidades e inteligência incrível, também somos uma espécie ameaçada. Contrariamente à arara-azul, estamos no topo da cadeia-alimentar e somos os únicos responsáveis por reverter essa situação. Esperamos que nosso querido mascote, o Nat, contribua para a reflexão e nos ajude a conquistar mais e mais adeptos à causa solar.
Fonte: Arara Azul Carajás, um livro de João Marcos Rosa, 2016. Download feito de ava.icmbio.gov.br. Faça o download gratuito do livro em: http://ava.icmbio.gov.br/mod/data/view.php?d=17&rid=2070&filter=1.
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