Economia Comprovada: O Impacto da Energia Solar na Conta de Luz de uma Escola em Mogi das Cruzes

Num mundo em que sustentabilidade e economia caminham lado a lado, empresas e instituições têm buscado soluções definitivas para reduzir custos e impactos ambientais. Uma escola localizada em Mogi das Cruzes (SP) decidiu dar um passo importante nessa direção: implantou um sistema de energia solar fotovoltaica para suprir sua demanda elétrica. O resultado? Uma transformação notável nas faturas de energia. Neste artigo, mostramos como a energia solar impactou diretamente as despesas dessa escola, analisando dados reais antes e depois da instalação do sistema.

Antes da instalação do sistema solar, em março de 2024, a escola registrava um consumo de 6.440 kWh, o que resultou em uma conta de R$ 5.971,75. A composição dessa fatura envolvia R$ 3.330,79 em TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição) e R$ 2.506,12 em TE (Tarifa de Energia), incluindo mais de R$ 1.000,00 em tributos diversos, como ICMS, PIS e COFINS. Todo o consumo foi suprido pela rede pública, gerando altos encargos regulatórios e imprevisibilidade quanto a futuros reajustes tarifários.

Com a instalação de um sistema solar fotovoltaico de 57,915 kWp, distribuídos em 99 módulos de 585W cada e seis inversores de 10 kW, tudo mudou. O projeto foi dimensionado para operar no modelo de autoconsumo, ou seja, a energia gerada é consumida em tempo real pela própria unidade, quase sem demandar energia da concessionária, e o excedente é injetado na rede, gerando créditos que são abatidos da conta de luz. Em janeiro de 2025, com o sistema plenamente operacional, a fatura despencou para R$ 228,05, graças a um consumo mínimo de 1.200 kWh e uma injeção na rede de 5.280 kWh.

Apesar de não ter eliminado totalmente a conta de luz – o que não é possível dentro das regras vigentes –, a escola atingiu o que se considera um cenário ideal de eficientização, com autossuficiência operacional e pagamento apenas de encargos fixos não compensáveis. O sistema funcionou com total regularidade desde o primeiro dia, sem oscilações nem desperdícios, evidenciando um planejamento e execução impecáveis.

Confira, abaixo, a tabela que resume a diferença entre as duas contas:

Com base nesses dados, estima-se uma economia anual em torno de R$ 70 mil, recursos que podem ser realocados para melhorias em infraestrutura, capacitação de equipe ou inovação pedagógica. Mais do que economia, essa escolha se converteu em exemplo de responsabilidade socioambiental, com a energia solar servindo como ferramenta educativa para os alunos da escola.

Mas afinal, o que significam alguns dos principais termos presentes nas contas de energia?

TUSD (Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição): É a tarifa cobrada pelo uso da infraestrutura da concessionária, como fios, postes e transformadores.

TE (Tarifa de Energia): Refere-se à energia em si, ou seja, o valor pago por cada quilowatt-hora consumido.

ICMS, PIS e COFINS: São tributos federais e estaduais que incidem sobre o consumo de energia, mas que podem ser drasticamente reduzidos quando se opta pela geração própria.

Energia Injetada na Rede: Em sistemas com compensação, é a energia excedente produzida e enviada à rede, que pode ser convertida em créditos futuros.

CIP (Contribuição para Iluminação Pública): Taxa municipal obrigatória que não é eliminada mesmo com a adesão à energia solar.

O caso dessa escola de Mogi das Cruzes deixa claro: investir em energia solar é uma decisão financeiramente inteligente e ambientalmente responsável. Além de aliviar o orçamento, ela se alinha a um modelo pedagógico moderno e consciente, que prepara as novas gerações para um futuro mais verde.

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