Quando se fala em transição energética, o Brasil não apenas participa da conversa; ele tem tudo para liderá-la. Essa é a principal mensagem do estudo Brazil Transition Factbook 2025, elaborado pela BloombergNEF a pedido da Bloomberg Philanthropies. A publicação reúne dados que ajudam a entender como o país se posiciona nessa corrida por um futuro mais limpo, sustentável e economicamente promissor.
A começar pela dimensão da oportunidade: a transformação energética brasileira representa um potencial econômico estimado em US$ 6 trilhões até 2050. Isso mesmo, trilhões. Essa cifra envolve investimentos em fontes renováveis, transporte sustentável, descarbonização da indústria, tecnologias de armazenamento e uso mais eficiente da energia. É um caminho de futuro não só possível, mas desejável e altamente lucrativo.
O Brasil já tem uma vantagem que poucos países podem exibir: a matriz elétrica mais limpa entre as nações do G20. Isso se deve à forte presença de fontes renováveis, como hidrelétricas, usinas solares e parques eólicos. No entanto, o estudo revela que, para além da geração de energia, o país enfrenta desafios significativos em outras frentes. Diferentemente de países onde o setor elétrico é o maior emissor de gases de efeito estufa, no Brasil, as maiores fontes são a agricultura (responsável por metade das emissões), o transporte (18%) e a indústria (11%). A energia elétrica responde por apenas 8% das emissões, o que mostra o quanto já avançamos, mas também o quanto ainda há por fazer.
Frente a esse cenário, o estudo desenha dois futuros possíveis. O primeiro, chamado de Net Zero Scenario (NZS), considera um avanço baseado apenas em mudanças tecnológicas impulsionadas por fatores de custo, ou seja, sem novas políticas públicas. Nesse caso, o mundo caminha para um aquecimento de 2,6°C até o fim do século, com foco limitado à descarbonização da energia e do transporte. Já o segundo, Economic Transition Scenario (ETS), é mais ambicioso: assume metas setoriais rigorosas, abrangendo indústria, edifícios e mobilidade. Se adotado, pode limitar o aquecimento global a 1,75°C, sem depender de compensações líquidas de carbono após 2050.
Entre um caminho e outro, o que decidirá o futuro será o grau de comprometimento dos países com políticas públicas inteligentes e investimentos estratégicos, algo que o Brasil pode e deve liderar, se assim escolher.
Energia Solar, Mobilidade Elétrica e a Força da Natureza
Um dos pontos mais positivos do estudo está no crescimento expressivo das fontes renováveis, especialmente da energia solar. No Brasil, residências e empresas têm aderido cada vez mais aos sistemas fotovoltaicos, ampliando sua independência energética e reduzindo custos. A popularização de tecnologias de armazenamento, como baterias, e a integração com veículos elétricos deve potencializar ainda mais essa tendência.
Aliás, a mobilidade elétrica é outra grande aposta para a descarbonização do país. Em 2024, o Brasil superou a marca das 100 mil unidades de veículos elétricos vendidos. A chegada de montadoras chinesas ao território nacional mostra que esse mercado está ganhando tração. Mais que isso: o país pode se tornar referência global na produção de combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF), aproveitando a expertise consolidada em biocombustíveis como o etanol.
Mas o protagonismo brasileiro vai além da tecnologia. O país tem vantagens naturais únicas para oferecer soluções baseadas na natureza. Somos o segundo maior mercado corporativo em agricultura regenerativa: práticas agrícolas que restauram o solo, aumentam a produtividade e capturam carbono da atmosfera. Além disso, temos a maior biodiversidade do planeta e grandes reservas de biomassa e minerais essenciais para a transição energética, como o lítio e o níquel.
Nesse contexto, a floresta também vira ativo econômico. O Brasil está no centro das discussões sobre o mercado global de carbono e deve apresentar sua própria taxonomia sustentável ainda este ano, um marco regulatório que vai nortear investimentos sustentáveis no país. Isso mostra que, além da natureza, temos a oportunidade de liderar também pelas regras.
Tudo isso sinaliza que o Brasil pode se transformar em uma potência verde, conectando desenvolvimento econômico à preservação ambiental. Mas essa transformação precisa ser coletiva. Não basta o governo agir; é fundamental que empresas, investidores e cidadãos façam sua parte.
E é justamente aí que a energia solar distribuída aparece como uma das ferramentas mais acessíveis e eficazes. Ela permite que famílias e empresas gerem sua própria energia limpa, reduzam custos e participem ativamente dessa nova economia sustentável. É uma escolha que une consciência ambiental, economia e autonomia.
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Se você deseja visualizar o relatório completo do estudo, o mesmo está disponível para download ao final deste artigo.
Fonte: BLOOMBERGNEF; BLOOMBERG PHILANTHROPIES. Brazil Transition Factbook 2025. New York, 2025. Disponível em: https://about.bnef.com .
