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Por Que Tantos Pássaros Morrem em Usinas Solares?

03/09/2020

Por Que Tantos Pássaros Morrem em Usinas Solares?

Se você é instalador ou integrador, já deve ter ouvido falar ou se deparado com carcaças de pássaros em painéis solares. Para quem está no segmento de geração distribuída, podem parecer acidentes ocasionais, mas não é o que afirmam os profissionais da geração centralizada.

As usinas solares nos Estados Unidos, por exemplo, apresentam um grave problema relacionado a pássaros. Estima-se que o número corresponda a dezenas de milhares de pássaros mortos a cada ano e ninguém sabe exatamente o porquê. Enquanto nós ainda engatinhávamos em energia solar no Brasil, em 2013, nos EUA, profissionais de usinas, acadêmicos e organizações ambientais formaram o Avian Solar Working Group, voltado a desenvolver estratégias para reduzir as mortes de aves nas usinas americanas.

Em 2016, um estudo inédito comprovou que a morte anual de pássaros nos EUA chegava a 140.000. A ligação entre as usinas solares e a morte de pássaros ainda não é clara. Uma das teorias mais aceitas é que os pássaros confundem a luminosidade dos painéis com a superfície de lagos onde poderiam pousar e acabam colidindo. Infelizmente, esta é uma teoria extremamente baseada em uma perspectiva humana da realidade.

O assunto continua inconclusivo. Neste ano, o Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) investiu US$ 1,3 milhão em um estudo contratado junto ao Laboratório Nacional de Argonne, em Illinois, para desenvolver uma tecnologia de inteligência artificial para monitorar as interações das aves com a infraestrutura solar.

O projeto coletará dados sobre o que acontece quando nossos amigos de penas voam, pousam ou colidem com os painéis. Também contribuirá para diminuir a frequência da vigilância humana e o trabalho de campo de técnicos que percorrem as instalações em busca de carcaças de pássaros – um trabalho caro e meramente quantitativo. Também vale lembrar que a energia solar é uma fonte sustentável e prevenir essas mortes vai de encontro com o propósito de harmonia com o planeta.

O escopo do projeto se divide em três tarefas principais:

  1. Detectar objetos em movimento perto dos painéis solares.
  2. Identificar quais dos objetos são pássaros.
  3. Classificar os eventos: se pouso, voo ou colisão.

Com a nova tecnologia de monitoramento, espera-se saber, por exemplo, quais tipos de pássaros são mais propensos a morrer, em quais horas ocorrem mais colisões, se a localização dos painéis influencia nas colisões e como as usinas podem fornecer um habitat viável para pássaros.

 

Fontes: Fotovolt e Wired.com