LCOE: Significado e Alertas

LCOE vem do inglês Levelized Cost of Energy e pode ser traduzido como Custo Nivelado da Energia. Existem inúmeros aspectos na análise da viabilidade dos projetos fotovoltaicos e o LCOE é, com certeza, um dos mais importantes por sua efetividade, substituindo aos poucos o tradicional custo do sistema por watt. Ele auxilia na tomada de decisões como o tipo de módulo a ser usado, o tipo de inversor, o índice de carregamento do inversor, dentre outras.

O LCOE é também um importante indicador de retorno econômico, pois não apenas revela ao investidor o custo de uma usina solar (R$/Wp), mas principalmente o custo da energia gerada por essa usina (em R$/kWh ou R$/MWh).

Inicialmente, o LCOE foi criado com o objetivo de comparar o custo relativo da energia produzida por diferentes fontes de geração de modo a determinar qual seria a mais indicada, como hídrica, térmica, eólica ou solar. Quando aplicado apenas à energia solar, o LCOE permite comparar diferentes produtos, tecnologias e arquiteturas, indicando quais delas entregam o menor custo pela energia.

Vários fatores impactam o LCOE de um sistema fotovoltaico, tais como:

Condições climáticas (ex.: temperatura, radiação solar e incidência de vento);
Condições do local (ex.: custo da propriedade, irregularidades do terreno, proximidade de subestações e licenças ambientais);
Módulos fotovoltaicos (ex.: mono ou policristalinos, bi ou monofaciais, PERC, MBB e tipo N ou P);
Inversores (ex.: string ou central, com múltiplos MPPTs ou não, com ventilação forçada ou natural, convencionais ou otimizadores e overload);
Estruturas (ex.: fixa ou móvel, rastreadores solares, mono ou bi-poste, material construtivo e tipo de tratamento superficial);
Questões operacionais (ex.: periodicidade de manutenção, mão de obra necessária e acesso à planta);
Custos diversos (ex.: monitoramento do parque e seguros).

Para calcular o LCOE, faz-se a divisão dos custos totais do projeto pela energia gerada ao longo de toda a operação da usina:

LCOE = CT / EP

Onde:

CT = Custo total da usina, incluindo Capex, Opex e residual [R$];

EP = Energia total produzida ao longo da vida útil da usina [kWh].

O custo total da usina (CT) pode ser calculado como:

CT = Capex + Opex – Residual

Onde:

Capex = Custo de construção da usina [R$];

Opex = Custo de operação da usina ao longo de sua vida útil [R$];

Residual = Valor dos equipamentos ao final da vida útil [R$].

O cálculo do LCOE resulta num valor em R$/kWh, medida que o consumidor está acostumado a ver em sua fatura de energia todos os meses, e representa o real valor que será investido para economizar na conta de energia.

Apesar de a utilização do LCOE ajudar na identificação das melhores oportunidades, vale ressaltar que, em alguns casos, uma mudança na composição do gerador solar pode afetar outra escolha, devendo todas as alterações ser sempre levadas em conta.

É necessário também atentar-se às limitações do LCOE, pois com ele não é possível medir ou garantir a confiabilidade de fabricantes, que podem, por exemplo, deixar o mercado brasileiro, pondo em risco o atendimento a possíveis falhas previstas em garantia. Outra questão é a confiabilidade do próprio sistema e de seus componentes: uma determinada solução pode estar mais sujeita a falhas, devendo ser descartada apesar de apresentar o melhor LCOE.

Por fim, além deste útil instrumento que é o LCOE, o projetista deve fazer uso de sua experiência nas análises e contar sempre com distribuidores confiáveis de equipamentos fotovoltaicos. Na Inovacare SOLAR, fazemos uma verdadeira curadoria de marcas e nos responsabilizamos pela assistência técnica e garantia: sua certeza de agilidade e qualidade no atendimento.

Fonte: Bruno Kikumoto, Canal Solar

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