Geração Distribuída: Conheça os modelos de compensação

Não é à toa que a Geração Distribuída seja um assunto em evidência no Brasil este ano. A alta do preço do kWh tem levado cada vez mais brasileiros a investir em energia solar, seja em suas residências ou empresas. Isso porque, na maioria das vezes, reduzir o consumo de eletricidade não é uma opção – já somos altamente dependentes de eletrônicos que não podem ser desligados.

Felizmente, não precisamos mais nos ver reféns das concessionárias de energia. A Geração Distribuída ganhou força no país após a aprovação de um conjunto de leis que vieram para regular e proporcionar segurança para o setor de energias renováveis – o Marco Legal da Geração Distribuída.

Um parêntese aqui: para quem não sabe, Geração Distribuída se refere à geração de energia no próprio local de consumo (ou próximo). Isso pode ser feito através da instalação de sistemas solares fotovoltaicos sobre os telhados, existindo também outras fontes (eólica e hídrica) e formatos. O excedente produzido é injetado na rede e é convertido em créditos para a unidade consumidora.

Além do grande benefício ambiental, gerar a própria eletricidade significa trocar a conta de luz por um investimento. Às vezes, dependendo do nível de consumo da propriedade, a própria parcela do gerador é compensada pela economia na fatura da concessionária. Após a quitação dos equipamentos, o dinheiro poupado pode ser destinado a outros investimentos.

Fica uma grande dúvida e pesar entre aqueles que não dispõem de espaço próprio para a instalação de um gerador, como moradores de apartamentos. Se é o seu caso, saiba que isso não é um problema, pois existem diferentes modalidades de compensação, que apresentamos a seguir. 

Geração Junto à Carga

Nesse modelo, geração e consumo acontecem na mesma unidade. Um medidor bidirecional contabiliza o fluxo de energia injetado e consumido da rede. O excedente de energia é convertido em créditos e pode ser utilizado para abater contas futuras, em até 60 meses.

Além disso, há o consumo instantâneo de energia. Logo, parte do que é gerado não é injetado na rede e é compensado integralmente, ao contrário do que ocorre com a energia injetada, sobre a qual recaem impostos. É uma solução ideal para residências e comércios.

Autoconsumo remoto

Aqui, geração e consumo acontecem em unidades distintas. O cliente pode usufruir do excedente da energia da unidade geradora em uma unidade consumidora em outra localidade (compensação remota). A condição imposta pela lei é que as contas de energia de ambas as localidades estejam sob a mesma titularidade (CPF ou CNPJ) e que as unidades operem na área de concessão da mesma distribuidora de energia.

O responsável pela geração pode escolher a proporção que será destinada para cada unidade consumidora, bem como alterar essa proporção durante os anos de operação da usina. É uma solução ideal para comércios e indústrias de médio porte.

Geração compartilhada

O titular da unidade consumidora é um consórcio ou cooperativa. Isso permite que diferentes CPFs e / ou CNPJs possam usufruir da geração de energia. Eles podem estar em regiões diferentes, porém devem ser atendidos pela mesma concessionária.

Nesse modelo, os créditos são divididos entre as cotas dos participantes da cooperativa. Ideal para residências e comércios de pequeno e médio porte.

Múltiplas unidades consumidoras

Nesse modelo, o sistema pertence a vários usuários. Toda energia gerada é convertida em crédito e pode ser usada de 3 maneiras: abater das faturas individuais de cada usuário, abater do consumo de uso geral (elevador, estacionamento, piscina, etc.) e abater do restante dos condôminos.

Nesse modelo, não são necessários diversos medidores, bastando um medidor bidirecional. Também não é necessário que todos os condôminos participem do sistema. É ideal para residências e comércios de médio porte. 

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Fonte: Greener

Foto de Kindel Media em pexels.com