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Impacto das mudanças climáticas sobre o setor energético

26/04/2023

Impacto das mudanças climáticas sobre o setor energético

As mudanças climáticas são um desafio para todos os setores da economia, que precisam de previsões o mais exatas possível para planejar seu desenvolvimento ao longo das próximas décadas. Onde investir, no que investir e quais projetos abandonar são questões que assombram profissionais de diferentes indústrias face às incertezas ambientais.

É por isso que cientistas no mundo todo se dedicam a estudar o clima e a projetar cenários que embasem a tomada de decisão de governos e investidores rumo a um futuro mais sustentável, como no IPCC, Intergovernmental Panel on Climate Change, um órgão das Nações Unidas dedicado a produzir relatórios científicos de apoio à criação de políticas ambientais, evidenciando impactos e riscos, bem como sugerindo soluções para adaptação e mitigação das mudanças climáticas.

Confira, abaixo, fatos do último Relatório de Avaliação do IPCC, o 6º de uma série que teve início em 1988, quando da criação do órgão, que terão impacto direto sobre o setor energético, inclusive o de energia solar fotovoltaica.

 

CALOR E FRIO

A temperatura influencia diretamente a demanda sazonal de energia (para aquecimento ou resfriamento) e afeta a produtividade do biocombustível.
Os cientistas observaram tendências nas temperaturas médias e extremos de calor acima da variabilidade natural em todas as regiões terrestres com alta confiança.

É certo que calores extremos e ondas de calor têm se tornado mais frequentes e mais intensos na maioria das regiões terrestres desde a década de 1950, enquanto os frios extremos e ondas de frio têm sido menos frequentes e menos graves, com alta confiança de que a mudança climática induzida pelo homem é o principal motor dessas mudanças. Um exemplo disso é que alguns extremos quentes observados na última década teriam sido extremamente improváveis de ocorrer sem influência humana sobre o sistema climático.

Para os próximos anos, prevê-se que todas as regiões experimentem novos aumentos nos drivers de impacto climático quente (CIDs) e quedas em CIDs frios.

 

ÁGUA

Deve haver redução na disponibilidade de água devido ao aumento da aridez e das secas, desafiando o abastecimento necessário para o uso hidrelétrico. Os baixos volumes de fluxo e de intermitência também afetarão o resfriamento de usinas termelétricas.

Com um aquecimento global a partir de 2°C, secas e precipitações médias aumentarão consideravelmente em comparação com um aquecimento de 1,5°C.

Prevê-se que o ciclo da água se intensifique nas regiões polares, levando a mais chuvas, maior potencial de inundações e precipitações mais intensas.

 

VENTO

Mudanças na densidade do vento podem impactar especialmente a energia renovável eólica e as características das ondas de uma região.

Prevê-se que os ventos médios diminuam ligeiramente até 2050 em grande parte da Europa, Ásia e oeste da América do Norte, e aumentem em muitas partes da América do Sul. 

Tempestades de vento severas podem ameaçar particularmente a infraestrutura de energia e painéis fotovoltaicos podem perder eficiência na produção de eletricidade devido ao acúmulo de poeira.

Fortes tempestades são esperadas com frequência decrescente, mas intensidade crescente, sobre o Mediterrâneo e a maior parte da América do Norte, e uma frequência crescente na maior parte da Europa.

Espera-se que os ciclones tropicais aumentem em intensidade e reduzam em frequência na maioria das regiões tropicais.

 

CHEIAS COSTEIRAS

As cheias costeiras podem ameaçar as infraestruturas energéticas localizadas nas zonas costeiras. Devido ao aumento relativo do nível do mar, eventos extremos que ocorreram uma vez por século no passado recente são projetados para ocorrer pelo menos anualmente entre um quinto e um terço de todos os locais com marégrafos até 2050 e em mais da metade desses locais até 2100.

Os maiores aumentos extremos no nível do mar são projetados para ocorrer no Oeste da América do Norte, Noroeste e Sudoeste da América do Sul e Nova Zelândia.

 

RADIAÇÃO

Mudanças na cobertura de nuvens e na radiação solar na superfície afetam os recursos de energia solar. Observou-se que a radiação de superfície sofreu variações em observações passadas atreladas ao aumento e à diminuição de aerossóis.

Em condições futuras, sob um aquecimento de 2°C, espera-se que a radiação aumente no norte da África, África do Sul, sul da Europa, leste da Ásia, Bacia do Amazonas, parte norte da América do Sul, sul e leste dos EUA, dentre outras localidades.

Faça, abaixo, o download do relatório original.

 

Fonte: www.ipcc.ch

Imagens por zhu difeng e by-studio na Adobe Stock

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