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O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída

27/03/2020

O Mercado Brasileiro de Geração Distribuída

Muitos são os motivos para o sucesso da Geração Distribuída (GD) Fotovoltaica no Brasil. Desde o início de sua utilização, em 2012, a GD é bastante pulverizada por todo o território nacional. Sua adoção é normalmente mais concentrada onde a tarifa de eletricidade convencional da distribuidora local é mais cara e em regiões com alto índice de irradiação anual. A demanda crescente de energia elétrica, representada pelo maior uso de aparelhos de ar‐condicionado, tem feito com que, ano a ano, os valores máximos de demanda ocorram no verão entre 12 e 15 horas, com excelente coincidência com a disponibilidade de radiação solar para a geração fotovoltaica. Há também uma ótima coincidência entre a concentração de municípios e população brasileira e a distribuição da disponibilidade de irradiação anual.

Com uma redução média de 9,3% nos preços para o consumidor final, verificada ao longo de 2019, os módulos fotovoltaicos instalados no Brasil atingiram 4.899MW no acumulado desde 2012 (Geração Distribuída: 2.226MW; Geração Centralizada: 2.673MW). Há hoje 215 mil sistemas fotovoltaicos conectados, o que representa 0,26% de um total de 84 milhões de unidades consumidoras no País. Em 2019, os sistemas residenciais e comerciais representaram 79% de todo o volume conectado à rede e a economia na conta de energia elétrica para essas unidades produtoras chegou a ser de 95%. A melhor notícia é que o mercado brasileiro está se desenvolvendo e os módulos fotovoltaicos nacionais representaram 3% do total comercializado em 2019.

As expectativas para 2020 são excelentes. O volume instalado em 2019 chegou a triplicar o instalado em 2018 e a projeção para 2020 é que triplique novamente. Em janeiro de 2020, 2,2% da oferta de energia elétrica no Brasil foi gerada pela fonte solar fotovoltaica. O mercado de integradores fotovoltaicos atinge hoje 12.500 empresas ativas. De 2012 a 2019, foram gerados 130 mil empregos no Brasil. Apenas para 2020, a expectativa é que sejam gerados 120 mil postos de trabalho.

Mesmo avançando no setor, o Brasil ainda tem um número de sistemas pequeno e está uma década atrasado. Sendo o país com o maior potencial para a produção de energia solar em todo o mundo, com clima amplamente favorável à geração solar (diga-se de passagem que, no local menos ensolarado do Brasil, é possível gerar mais eletricidade solar do que no local mais ensolarado da Alemanha), a previsão da ABSOLAR é que o número de sistemas conectados à rede cresça 170% este ano e atinja 887 mil em 2024. As instalações em 2020 também devem atrair investimentos três vezes maiores que em 2019, podendo chegar a 16,4 bilhões de reais.

Não sabemos ainda o quanto a crise gerada pelo COVID-19 pode impactar o setor, talvez reduzindo as realizações previstas, mas o futuro da Geração Distribuída no Brasil, seja no curto, médio ou longo prazos, é nada menos do que promissor.

 

Fontes: INPE (Instituto nacional de Pesquisas Espaciais), ABSOLAR (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) e Greener

Photo by David Monje on Unsplash