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Energia Solar e Inteligência Artificial: Um Sinal de Esperança

27/05/2020

Energia Solar e Inteligência Artificial: Um Sinal de Esperança

A resolução da questão climática no mundo é urgente. 97% dos cientistas especialistas no assunto atribuem o aquecimento global à ação humana, especialmente a partir da Revolução Industrial. Houve aumento de 0,9 graus Celsius na temperatura da superfície terrestre desde o final do século XIX, bem como maior emissão de gases de efeito estufa, especialmente de gás carbônico (clique e confira o gráfico ao final da matéria). A maior parte do aquecimento global ocorreu nos últimos 35 anos e já houve 5 recordes de “anos mais quentes” desde 2010.

A energia solar, limpa e inesgotável (na escala terrestre de tempo), é uma excelente alternativa para substituir os combustíveis fósseis. O setor se desenvolve a passos largos no mundo e ainda há muito trabalho até que consigamos uma inserção expressiva da tecnologia fotovoltaica na matriz energética brasileira, uma vez que hoje ela responde por apenas 1,6% de toda a eletricidade produzida no País.

Felizmente, as pessoas que abraçam a energia solar entendem a importância desta causa e são normalmente incansáveis, buscando não apenas meios para torná-la mais acessível, mas ampliando e aprimorando o uso da fonte solar. É o caso da Heliogen, uma startup composta por cientistas e engenheiros do MIT, Caltech e outras instituições renomadas, financiada por Bill Gates e outros investidores, que pretende impactar setores industriais tradicionais com o uso da inteligência artificial. Trata-se de uma nova e impressionante tecnologia solar.

Hoje, ainda fazemos uso de combustíveis fósseis para gerar o calor necessário em certos processos industriais, como na produção de cimento, aço e vidro. A Heliogen descobriu uma forma de utilizar inteligência artificial e espelhos para refletir luz do sol e proporcionar um aquecimento acima de 1.000 graus Celsius. É como um fogão com capacidade de atingir ¼ da temperatura encontrada na superfície solar. Isso significa que a geração concentrada de energia solar, já conhecida e usada em pequena escala no mundo, acaba de ser aprimorada pela inteligência artificial a um novo patamar, sendo capaz de produzir até hidrogênio limpo em larga escala para, no futuro, alimentar caminhões e aviões.

A iniciativa é um esforço praticamente inédito em setores básicos da economia e ainda não contemplados com soluções sustentáveis. Só a indústria cimenteira é responsável por 7% de todas as emissões de gás carbônico, de acordo com a IEA (International Energy Agency). O objetivo da startup é oferecer uma alternativa aos combustíveis fósseis que seja mais econômica e livre de emissões. Uma penetração da solar em mercados base pode com certeza acelerar o mundo na direção de um planeta saudável.

É claro que a nova tecnologia ainda é embrionária, mas os cientistas já pensam em como contornar questões como a falta de sol através de sistemas de armazenamento, dentre outras, e têm pressa em viabilizar a solução para salvar o planeta. A Heliogen já está conversando com potenciais clientes e reconhece que o grande desafio será convencer a indústria tradicional a fazer os investimentos necessários para substituir os combustíveis fósseis. O maior argumento de venda é que a fonte solar é gratuita e praticamente inesgotável.

Enquanto isso, ficamos na torcida e continuamos fazendo a nossa parte na propagação da tecnologia fotovoltaica para que mais e mais pessoas se beneficiem de energia limpa e barata.

Confira, abaixo, vídeo que demonstra o trabalho da Heliogen.

Fontes: Nasa, ABSOLAR e CNN

O gráfico compara amostras atmosféricas obtidas a partir de geleiras com medições atuais, evidenciando o aumento dramático de CO2 desde a revolução industrial (Crédito: Luthi, D., et al.. 2008 Etheridge, D.M., et al. 2010 Vostok ice core dataJ.R. Petit et al. NOAA Mauna Loa CO2 record.).

O gráfico compara amostras atmosféricas obtidas a partir de geleiras com medições atuais, evidenciando o aumento dramático de CO2 desde a revolução industrial (Crédito: Luthi, D., et al.. 2008 Etheridge, D.M., et al. 2010 Vostok ice core dataJ.R. Petit et al. NOAA Mauna Loa CO2 record.).